Homem é morto a tiros na Zona Norte de Porto Alegre
Foi descoberto 18 pedras de crack e sete porções de maconha no carro da vítima/Foto: Alina Souza
Suspeito atirou pelas costas da vítima e fugiu em um automóvel
Um homem de 27 anos foi morto a tiros na Zona Norte de Porto Alegre, na tarde de hoje. O crime aconteceu pouco antes das 14 horas, na Rua Silvestre Félix Rodrigues, próximo à rótula com a Avenida Dante Angelo Pilla, entre os bairros Sarandi e Rubem Berta. Conforme o titular da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), delegado Cassiano Cabral, a vítima foi identificada como Leonardo da Luz Pedroso, morador de Viamão, na Região Metropolitana. Ele trabalharia como motorista de aplicativo e morreu segurando a chave do Renault Logan, com placas de Cachoeirinha, que não era de sua propriedade.
Cabral explica que ele teria estacionado o carro e descido para comprar um caldo de cana e comer um pastel. “Ele estava com outros dois amigos, sentado em um dos bancos, quando chegou um indivíduo e efetuou algumas vezes em direção ao homem. Ele foi atingido por dois disparos de pistola na cabeça”, detalha. O suspeito, que ainda não foi identificado, agiu pelas costas da vítima e fugiu em um automóvel que não foi divulgado pela polícia. Junto com, pelo menos, mais um comparsa fugiu em direção à Avenida Baltazar de Oliveira Garcia.
Durante a realização da perícia, foi encontrado no interior do veículo usado pelo motorista 18 pedras de crack e sete porções de maconha, além de uma touca ninja. Conforme o delegado, ele era casado, tinha uma filha e nenhum antecedente criminal. “Aqui é uma área que teve bastante homicídios há alguns anos, mas agora estava tranquila”, explica. As causas da execução só serão esclarecidas no decorrer das investigações. Até o fechamento desta reportagem ninguém havia sido preso.
Curiosidade e preocupação
A atendente do comércio, parada tradicional de taxistas, motoristas de aplicativo e veículos de empresas que passam pelo local, preferiu não se identificar, mas informou que não conhecia o homem morto. Ela acabara de pegar o dinheiro quando ouviu os disparos. “Os amigos que estavam com ele saíram correndo”, destaca. Não há informação se eles teriam chegado com Pedroso no endereço.
Enquanto a Brigada Militar, isolava a área até a chegada da Polícia Civil e da perícia, formou-se um círculo de curiosos. Homens e mulheres que moram nas proximidades chegavam a todo momento para observar o corpo da vítima. A dona de casa de 29 anos diz que estava preocupada porque poderia ser alguma pessoa conhecida. “Graças a Deus não, a gente nunca sabe. Não vimos nenhuma movimentação estranha, que coisa triste, em plena luz do dia.”
Quando a notícia da morte do homem se espalhou pelas redes sociais, o motorista de aplicativo Rodrigo Trindade, 46 anos, resolveu ir até o local. “Nós, motoristas, sofremos com a insegurança. Quando nos chamam nunca sabemos quem vai entrar no carro, não tem foto, nem nome completo. A violência é demais, então resolvi parar, mas não o conhecia”, informa. De acordo com ele, o ponto é constante parada para lanche e por ofertar pastel fresquinho.
Fonte: Correio do Povo